Trégua Frágil em Gaza Sob Ameaça de Colapso



O cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde 10 de outubro, foi severamente abalado por confrontos recentes que testaram a sua sustentabilidade. Em resposta à morte de dois soldados israelitas em Rafah, as forças de Israel lançaram uma ofensiva que incluiu o largar de 153 toneladas de bombas em várias partes do enclave, resultando na morte de dezenas de palestinianos, com um dos balanços a apontar para 45 vítimas. O governo de Gaza, controlado pelo Hamas, alega que, desde o início da trégua, pelo menos 97 palestinianos foram mortos e 230 ficaram feridos em consequência de ações israelitas.
Ambas as partes trocam acusações sobre a responsabilidade pela escalada.
Israel atribui ao Hamas a "violação flagrante" do acordo devido aos confrontos em Rafah.
Por sua vez, o Hamas nega qualquer envolvimento no incidente que vitimou os soldados israelitas e acusa Israel de ter cometido cerca de 80 violações da trégua. Apesar da troca de ataques, tanto o exército israelita como o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmaram que o cessar-fogo se mantém em vigor, embora a sua fragilidade seja reconhecida por vários analistas e mediadores. Para tentar estabilizar a situação, uma delegação norte-americana, composta pelo enviado especial Steve Witkoff e por Jared Kushner, genro de Donald Trump, chegou a Israel para se reunir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
As reuniões visam discutir a aplicação do acordo, contando também com a mediação do Egito e do Qatar.
Na União Europeia, o ministro português Paulo Rangel mencionou a possibilidade de aplicar sanções a ministros israelitas caso o cessar-fogo não seja cumprido, uma medida defendida por alguns Estados-membros para pressionar o governo de Israel.
A violência teve um impacto imediato na ajuda humanitária.
Israel suspendeu temporariamente a entrada de mantimentos, mas reabriu posteriormente a passagem de Kerem Shalom. No entanto, a passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito, permanece encerrada, com Israel a exigir a devolução dos corpos de 16 reféns ainda detidos pelo Hamas. O acordo prevê a troca de prisioneiros e corpos, com o Hamas a preparar a entrega do corpo de mais um refém à Cruz Vermelha. O plano de paz, impulsionado por Trump, prevê a retirada gradual das forças israelitas e o desarmamento do Hamas, pontos que o grupo islamita recusa.
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