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Mundo Sexta-feira, Agosto 8

Assim será a maior ponte suspensa do Mundo

O Governo italiano deu "luz verde" definitiva à construção da maior ponte suspensa do mundo sobre o Estreito de Messina, um projeto controverso de 13,5 mil milhões de euros. A obra, que ligará a Sicília à Calábria, avança apesar das críticas sobre o seu custo, impacto ambiental e riscos de infiltração mafiosa.
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O Governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, aprovou a 6 de agosto de 2025 o projeto para a construção da maior ponte suspensa do mundo, que ligará a ilha da Sicília à região da Calábria, no continente. O investimento, totalmente público, é de 13,5 mil milhões de euros. A ponte terá um vão suspenso de 3,3 quilómetros, duas vias férreas centrais e três faixas de rodagem em cada sentido. O projeto, impulsionado pelo Ministro dos Transportes, Matteo Salvini, inclui ainda 40 quilómetros de ligações rodoviárias e ferroviárias, três novas estações de comboio e um centro de negócios na Calábria.

Prevê-se que as obras comecem entre setembro e outubro de 2025, com a conclusão estimada para 2032-2033.

A ideia de uma ponte sobre o Estreito de Messina remonta à Roma Antiga e tem sido debatida e cancelada por vários governos desde 1969.

O projeto foi uma ambição do antigo primeiro-ministro Silvio Berlusconi, falecido em 2023, mas nunca avançou devido ao custo elevado, preocupações ambientais e receios de infiltração da máfia.

O atual governo de direita e extrema-direita retomou o plano, defendendo-o como um "acelerador de desenvolvimento" para o sul de Itália.

A obra enfrenta, no entanto, forte oposição.

Críticos, incluindo partidos da oposição e o sindicato CGIL, consideram-na um "esbanjamento de dinheiro público", argumentando que as regiões envolvidas necessitam de investimentos mais urgentes em infraestruturas básicas como caminhos de ferro e redes de água potável. Existe um grande receio de que as máfias locais, a 'Ndrangheta e a Cosa Nostra, se infiltrem nos contratos de obras públicas.

Adicionalmente, especialistas alertam para os desafios técnicos, como os ventos fortes da região, que podem ultrapassar os 100 km/h, e a elevada atividade sísmica, por se situar na fronteira de duas placas tectónicas.

O governo é também criticado por ignorar pareceres ambientais desfavoráveis.

Para justificar o investimento, Roma pretende reclassificar o projeto como militar, para cumprir metas da NATO.

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