
Ataques e reações diplomáticas marcam a viagem da flotilha humanitária para Gaza



A "Flotilha Global Sumud", composta por cerca de 50 navios com ativistas, políticos, jornalistas e médicos de mais de 40 nacionalidades, denunciou ter sofrido vários ataques com drones na noite de terça-feira, ao largo de Creta.
As 11 "explosões intimidatórias" causaram danos em velas e mastros de algumas embarcações, mas não provocaram feridos.
Este incidente junta-se a ataques anteriores reportados ao largo da Tunísia.
A flotilha, considerada a maior organizada até ao momento, inclui personalidades como a ativista sueca Greta Thunberg e três portugueses: a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
A reação internacional foi imediata e dividida.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, classificou a iniciativa como "gratuita, perigosa e irresponsável", apelando à responsabilidade dos quatro deputados italianos a bordo.
Apesar da crítica, o seu governo condenou os ataques e propôs um plano de mediação para que a ajuda seja entregue em Chipre e distribuída pelo Patriarcado Latino de Jerusalém, estando a aguardar uma resposta. Após os ataques, Itália enviou um navio de guerra para prestar assistência à frota.
Em contraste, o Brasil condenou veementemente o "injustificado ataque de drones", sublinhando o caráter pacífico e humanitário da missão e a presença de cidadãos brasileiros, incluindo parlamentares.
Brasília instou Israel a não colocar em risco a segurança dos civis e a garantir a liberdade de navegação.
As Nações Unidas, através do seu Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACNUDH), exigiram o fim dos ataques e a abertura de uma investigação "independente, imparcial e aprofundada" para responsabilizar os culpados.
O governo israelita já tinha afirmado que não permitiria a chegada da flotilha a Gaza, propondo como alternativa o desembarque da ajuda no porto israelita de Ascalon para posterior distribuição pelas suas autoridades. A proposta foi rejeitada pelos organizadores, que a consideram uma estratégia para "obstruir de forma deliberada" a entrega da ajuda humanitária. A missão ocorre no contexto de uma guerra que dura há quase dois anos e de uma grave crise humanitária em Gaza, com a ONU a declarar oficialmente o estado de fome na região.
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