
Itália pede à flotilha a caminho de Gaza que evite pôr vidas em risco



O ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto, manifestou sérias preocupações relativamente à segurança dos ativistas a bordo da Flotilha Global Sumud, que navega em direção a Gaza. Numa reunião em Roma com representantes da delegação italiana da flotilha, Crosetto alertou que uma tentativa de forçar o bloqueio naval exporia as embarcações civis a "perigos extremamente elevados e incontroláveis", uma vez que estariam a tentar "forçar" uma operação militar.
O ministro sublinhou a importância do diálogo e da responsabilidade, afirmando que a prioridade do governo italiano é a segurança dos ativistas e a utilização de canais humanitários e diplomáticos já existentes para prestar ajuda eficaz e segura à população de Gaza.
A Flotilha Global Sumud, composta por 43 embarcações, tem como objetivo declarado desafiar o bloqueio israelita e ajudar o povo de Gaza.
A missão, que se encontra na sua etapa final, planeia entrar numa "zona de alto risco" no Mediterrâneo Oriental nos próximos dias.
Em resposta aos pedidos do governo italiano, o porta-voz da flotilha e outros ativistas regressaram a Itália para se reunirem com as autoridades, com o intuito de "garantir a segurança dos participantes e o cumprimento dos objetivos da missão".
Entre os ativistas a bordo encontram-se três portugueses: a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, indicou que, embora o país não envie navios para acompanhar a flotilha, foram feitos arranjos com as autoridades italianas para que as fragatas enviadas por Itália possam prestar proteção consular e humanitária aos cidadãos portugueses.
Rangel frisou que os riscos da missão são conhecidos por todos os participantes.
Para monitorizar a situação e prestar auxílio se necessário, o governo italiano enviou dois navios militares, que se revezarão na zona, e a Espanha contribuiu com o navio de patrulha oceânica "Furor". Guido Crosetto reiterou que as instituições italianas estão a realizar todos os esforços diplomáticos para que o sentido de responsabilidade prevaleça, evitando ações que, em vez de resultados concretos, possam ter "efeitos dramáticos com riscos elevados e irracionais".
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