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Economia Sexta-feira, Agosto 8

IVDP autoriza produção de 75 mil pipas de vinho do Porto em 2025

A produção de vinho do Porto para a vindima de 2025 foi fixada em 75 mil pipas, uma redução significativa face ao ano anterior, numa decisão unânime do conselho interprofissional da Região Demarcada do Douro que visa responder às atuais necessidades do mercado.

O conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) aprovou por unanimidade a fixação do benefício, a quantidade de mosto que pode ser transformada em vinho do Porto, em 75 mil pipas para a vindima de 2025. A decisão, tomada numa reunião no Peso da Régua, representa uma diminuição de 15 mil pipas em relação às 90 mil autorizadas no ano anterior, e uma redução ainda mais acentuada face às 104 mil pipas de 2023. Cada pipa equivale a 550 litros, estimando-se que o valor total da produção deste ano possa atingir os 75 milhões de euros.

Este consenso foi alcançado após negociações intensas entre os representantes da produção e do comércio. Segundo António Filipe, vice-presidente indicado pelo comércio, a proposta inicial deste setor era de 68 mil pipas, baseada nas intenções de compra e na necessidade de escoar os ‘stocks’ de anos anteriores. Por outro lado, a produção, representada por Celeste Marques, defendia a manutenção das 90 mil pipas, valor que alguns viticultores reclamavam nas últimas semanas. Celeste Marques, também presidente do conselho regional de viticultores da Casa do Douro, descreveu o valor final como “o possível”, sublinhando a situação de sobrevivência de alguns produtores.

O presidente do IVDP, Gilberto Igrejas, considerou a decisão um “sinal de responsabilidade para a região”, ajustado às “necessidades mundiais atuais de vinho”. O acordo alcançado inclui ainda o compromisso do comércio em adquirir 8.500 pipas que ainda se encontravam em ‘stock’ na produção desde o ano passado. Foi também acordada a criação de um grupo de trabalho para estudar a incorporação de aguardente regional no vinho do Porto. A decisão surge num contexto em que se prevê uma quebra na colheita na região a rondar os 20% para este ano.

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