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Posição do Japão sobre o conflito israelo-palestiniano e a reforma da ONU

Num discurso contundente na Assembleia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, criticou duramente as ações de Israel em Gaza e admitiu a possibilidade de o Japão reconhecer o Estado palestiniano.
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O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, adotou um tom firme durante a sua intervenção na Assembleia Geral da ONU, criticando Israel e sugerindo uma mudança na política externa do Japão.

Ishiba declarou que a questão já não é se o Japão deve reconhecer um Estado palestiniano, mas sim quando o fará, advertindo que se a evolução do conflito inviabilizar a solução de dois Estados, o seu país "tomará medidas em conformidade".

Apesar desta posição, Tóquio evitou juntar-se a outros países no reconhecimento formal da Palestina durante a cimeira, alegando dúvidas sobre a eficácia de tal medida no momento atual.

Durante o seu discurso, o chefe do Governo japonês expressou "indignação perante declarações que negam por completo a ideia de um Estado palestiniano" e defendeu que as ações unilaterais do governo israelita "nunca deverão ser aceites".

Condenou veementemente os ataques israelitas por agravarem a crise humanitária e apelou à cessação imediata das operações militares em Gaza, sublinhando o "sofrimento extremo do povo".

Ishiba lamentou que "o terrorismo do Hamas e as vítimas em Gaza" tenham causado profunda dor, e reforçou a necessidade de não permitir a interrupção do processo de coexistência promovido desde os Acordos de Oslo. Ishiba, que participou na assembleia apesar da sua demissão estar anunciada para 4 de outubro, alargou as suas críticas à própria Organização das Nações Unidas. Apontou a "paralisia e parcialidade do Conselho de Segurança", afirmando que a ONU "não cumpriu plenamente a sua função" 80 anos após a sua criação.

Considerou que o direito de veto dos membros permanentes tem impedido a tomada de decisões necessárias, citando como exemplo a invasão da Ucrânia pela Rússia. Defendeu uma reforma imediata do Conselho, lembrando que o número de Estados-membros quadruplicou desde a sua fundação sem que a composição dos membros permanentes tenha sido alterada, uma reforma que o Japão, que persegue um assento permanente há décadas, considera urgente.

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