Japão levanta alerta de tsunami após sismo na Rússia

Um sismo de magnitude 8,8, registado às 08:25 locais (00:25 em Lisboa) ao largo da costa sul da península de Kamchatka, na Rússia, foi descrito como um dos maiores de sempre e desencadeou uma vasta resposta de alerta por toda a bacia do Pacífico. O terramoto, com uma profundidade estimada de 18,2 quilómetros pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos, provocou tsunamis que atingiram a Rússia e o Japão.

Na Rússia, as ondas arrastaram para o mar navios que se encontravam ancorados. No Japão, embora o país tenha sido atingido por um tsunami, as ondas foram consideradas “não significativas”. Ainda assim, a Agência Meteorológica do Japão (JMA) elevou o nível de alerta, prevendo ondas até três metros ao longo da costa do Pacífico e aconselhando a população a manter-se afastada do litoral.

Diversos outros países e territórios emitiram os seus próprios alertas. Em Taiwan, a Agência Meteorológica Central emitiu o segundo maior nível de alerta, com previsão de ondas entre 0,3 e um metro para a costa sudeste e sudoeste, pedindo vigilância aos residentes mas sem ordenar evacuações. Nas Filipinas, as autoridades alertaram as províncias da costa leste para a possibilidade de ondas inferiores a um metro, salientando que, embora não muito grandes, poderiam prolongar-se por horas. A China também emitiu um alerta de tsunami para várias zonas da sua costa leste.

Os alertas estenderam-se a locais mais distantes, como o Havai, que decretou estado de emergência e evacuou a sua costa, e a Nova Zelândia. A dimensão do evento levou a que fosse noticiado em todo o mundo, sendo um dos destaques em noticiários que cobriam também outros acontecimentos, como os incêndios em Portugal. O número de vítimas ou a extensão total dos danos não foram mencionados nos artigos.