
Nova condenação da jornalista chinesa Zhang Zhan



A jornalista chinesa Zhang Zhan foi condenada a uma nova pena de quatro anos de prisão pela acusação de "provocar distúrbios", após um julgamento em Xangai. Esta é a segunda condenação pelo mesmo crime, que surge apenas alguns meses após ter sido libertada, em maio de 2024, depois de cumprir uma sentença anterior de quatro anos pela sua cobertura independente do surto de covid-19 em Wuhan. A sua detenção mais recente ocorreu a 28 de agosto de 2024, quando tentava viajar para a província de Gansu para ajudar a família de um ativista detido a obter representação legal.
Segundo a organização Jornalistas Sem Fronteiras (RSF), Zhang esteve "completamente isolada do mundo exterior" antes do novo julgamento.
A primeira detenção de Zhang ocorreu a 14 de maio de 2020.
Nos meses anteriores, publicou mais de 100 vídeos em plataformas como Twitter e YouTube, documentando a realidade em Wuhan, incluindo hospitais sobrelotados e ruas desertas, uma visão mais crítica do que a narrativa oficial. Durante a sua primeira pena, a jornalista realizou uma greve de fome que a deixou em estado de saúde crítico, tendo sido alimentada à força.
A nova sentença gerou uma forte condenação internacional.
A Amnistia Internacional considerou as acusações "sem fundamento", exigiu a anulação do veredicto e apelou à comunidade internacional para que use a sua influência.
Organizações como a RSF e o Comité para a Proteção dos Jornalistas classificaram o caso como um ato de perseguição ao seu trabalho jornalístico.
A delegação da União Europeia na China também pediu a sua "libertação imediata e incondicional".
Questionado sobre o caso, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou "não ter conhecimento" do mesmo.
Segundo a RSF, a China é o país com mais jornalistas detidos, com pelo menos 124 profissionais presos.
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