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José Manuel Pureza avança para suceder a Mariana Mortágua na liderança do Bloco de Esquerda

O antigo deputado José Manuel Pureza é o candidato proposto pela moção maioritária para suceder a Mariana Mortágua na coordenação do Bloco de Esquerda, numa decisão que será confirmada na Convenção Nacional do partido, agendada para o final de novembro.
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O antigo deputado José Manuel Pureza vai encabeçar as listas da “moção A” à Mesa Nacional e à Comissão Política do Bloco de Esquerda (BE), candidatando-se à coordenação do partido.

A decisão foi aprovada numa reunião em Coimbra dos apoiantes desta moção, anteriormente liderada por Mariana Mortágua, que anunciou a sua não recandidatura ao cargo.

A eleição decorrerá na 14.ª Convenção Nacional do BE, nos dias 29 e 30 de novembro.

José Manuel Pureza, de 66 anos e natural de Coimbra, foi deputado entre 2009 e 2022, período no qual exerceu funções de líder parlamentar e de vice-presidente da Assembleia da República.

Atualmente, é membro da Mesa Nacional do BE. Por norma, o dirigente que encabeça a lista mais votada para a Mesa Nacional assume o cargo de coordenador, uma figura que não existe formalmente nos estatutos do partido. Na lista de 80 nomes para a Mesa Nacional, a seguir a Pureza surgem Isabel Pires, Fabian Figueiredo e Marisa Matias.

A coordenadora cessante, Mariana Mortágua, ocupa o sexto lugar na lista, candidatando-se apenas a este órgão.

A lista para a Comissão Política, também liderada por Pureza, regista a saída de Mortágua e de outros dirigentes do núcleo duro, como Jorge Costa, José Gusmão, Leonor Rosas, Pedro Filipe Soares e Moisés Ferreira, que não se recandidatam.

Nomes como Fabian Figueiredo, Isabel Pires, Catarina Martins e Marisa Matias recandidatam-se à direção.

Além da “moção A”, que conta com cerca de 600 subscritores, foram apresentados mais quatro textos da oposição à convenção.

Estes textos alternativos apontam para uma falta de democracia interna no partido e pedem mais atenção às bases.

Esta mudança na liderança ocorre num momento descrito como um dos mais difíceis da história do Bloco de Esquerda, após ter obtido o seu pior resultado eleitoral de sempre nas últimas eleições legislativas.

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