menulogo
Notícias Agora
notifications
Notificações
notifications
Nenhuma notificação por ler
user
Close

Protestos da juventude em Marrocos

Marrocos enfrenta uma onda de protestos liderados por jovens que, após seis dias de manifestações, exigem a demissão do Governo e reformas profundas nos serviços públicos.
News ImageNews ImageNews Image

Durante seis dias consecutivos, Marrocos tem sido palco de protestos em várias cidades, incluindo Rabat, Casablanca, Marraquexe e Agadir, liderados por grupos juvenis como o "GenZ 212" e o "Morocco Youth Voice".

O movimento, que se apresenta como apartidário, exige a demissão do Governo marroquino, acusando-o de falhar na proteção dos direitos constitucionais e na resposta às exigências sociais da população.

As manifestações espontâneas foram espoletadas pela morte de oito mulheres grávidas num hospital público em Agadir.

As reivindicações dos manifestantes centram-se na melhoria dos serviços públicos essenciais.

Exigem melhor qualidade na educação, formação e melhores condições laborais para os docentes, bem como a universalização da cobertura de saúde, a modernização dos hospitais e o acesso a medicamentos a preços acessíveis. Os jovens protestam também contra a corrupção, pedindo a abertura de um "processo judicial justo" para os responsáveis, e criticam a alocação de verbas a grandes eventos desportivos, como o Mundial de Futebol de 2030, em detrimento das necessidades básicas da população. As exigências estendem-se à justiça social e económica, com pedidos de igualdade de oportunidades, criação de emprego para jovens e apoio a pequenas empresas. Embora os organizadores, como o "GenZ 212" – um grupo com 150 mil membros na rede social Discord e fundadores desconhecidos –, tenham apelado ao caráter pacífico dos protestos, registaram-se episódios de violência.

Na cidade de Laqliaa, três pessoas morreram e outras ficaram feridas durante uma tentativa de ataque a um posto da polícia.

As autoridades marroquinas reportaram mais de 350 feridos no total dos protestos.

A Associação Marroquina para os Direitos Humanos denunciou a detenção de mais de mil pessoas, algumas das quais detidas por polícias à paisana durante entrevistas televisivas.

A situação levou o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, a lamentar as mortes e a apelar às autoridades marroquinas para que conduzam uma "investigação rápida e imparcial".

Artigos

6
categoryVer categoria completa