
Justiça brasileira ordena reforço de vigilância na casa de Bolsonaro devido a risco de fuga



O Supremo Tribunal Federal do Brasil ordenou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliária desde o início de agosto de 2025, seja colocado sob vigilância policial 24 horas por dia. A decisão foi justificada pelo elevado risco de fuga, existindo suspeitas de que Bolsonaro poderia procurar asilo político na Argentina ou fugir para os Estados Unidos, especialmente com a proximidade do seu julgamento. O julgamento, que terá início na próxima terça-feira no Supremo Tribunal Federal, acusa Bolsonaro e outros sete indivíduos, incluindo ex-ministros e militares de alta patente, de terem orquestrado uma conspiração para se manterem no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Segundo a acusação, o objetivo era impedir a posse do presidente eleito, Lula da Silva. Neste contexto, o Presidente Lula da Silva propôs a renovação do mandato do procurador-geral da República, Paulo Gonet, por mais dois anos, uma decisão que aguarda aprovação do Senado. Gonet, que lidera o Ministério Público Federal desde dezembro de 2023, foi o responsável por elaborar as denúncias contra o ex-presidente, a quem considera o "principal articulador" do plano. Gonet já tinha representado o Ministério Público no julgamento de 2023, que resultou na suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro por oito anos por abuso de poder.
O caso também foi marcado pela interferência do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, que considera Bolsonaro vítima de uma "caça às bruxas". A administração Trump tomou medidas como a revogação dos vistos de vários juízes do Supremo Tribunal Federal e do próprio Paulo Gonet, além de ter imposto uma tarifa adicional de 50% sobre uma parte significativa das importações brasileiras.
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