Aniversário do ataque do Hamas e o aumento do antissemitismo na Europa

O segundo aniversário do ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023, foi assinalado por líderes e instituições europeias, que recordaram o evento e condenaram o subsequente aumento do antissemitismo.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, descreveu o ataque como “o pior ataque ao povo judeu desde o Holocausto”.

O Parlamento Europeu, em Estrasburgo, prestou homenagem às vítimas de violência política com um minuto de silêncio na véspera da data. O ataque do Hamas resultou na morte de 1.219 pessoas em Israel, na sua maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.

Além disso, os militantes fizeram 251 reféns, dos quais 47 permanecem em Gaza, com o exército israelita a afirmar que 25 destes morreram.

A ofensiva retaliatória de Israel que se seguiu causou mais de 67 mil mortos palestinianos, de acordo com o Ministério da Saúde em Gaza, um número que as Nações Unidas consideram credível. Israel acusa o Hamas de utilizar civis como escudos humanos. O Hamas é descrito como parte de uma rede apoiada pelo Irão, conhecida como “Eixo da Resistência”, que não reconhece a existência de Israel.

Uma das principais consequências destacadas nos artigos é o crescimento dos incidentes antissemitas.

O rabino-chefe da Europa alertou que estes atingiram níveis recorde, levando a que “uma grande percentagem de judeus tente esconder o seu judaísmo em público”. No Reino Unido, Keir Starmer condenou o “aumento do antissemitismo nas nossas ruas”, referindo um recente ataque a uma sinagoga em Manchester que resultou na morte de dois judeus.

O líder britânico reafirmou o compromisso do país em lutar contra o ódio dirigido às comunidades judaicas.

Para assinalar o aniversário, cerca de 3.000 pessoas reuniram-se no centro de Londres.