Rússia ataca infraestrutura energética da Ucrânia com mais de 600 drones e mísseis



A primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, descreveu o ataque russo, ocorrido na noite de segunda-feira, como "deliberado e cínico", destacando que o inimigo utilizou mais de 600 drones e dezenas de mísseis. O ataque, que ocorreu na véspera de Natal, visou deixar as famílias ucranianas sem eletricidade e aquecimento. As instalações energéticas no oeste da Ucrânia foram as mais afetadas, resultando na morte de pelo menos três pessoas.
Como consequência direta dos bombardeamentos, o governo ucraniano e a operadora elétrica Ukrenergo anunciaram a implementação de cortes de energia de emergência em várias regiões. A Ukrenergo classificou a ofensiva como um "ataque massivo" e informou que os trabalhos de reparação começarão assim que as condições de segurança o permitirem. Os cortes de energia ocorrem num momento em que a Ucrânia enfrenta temperaturas próximas ou abaixo de zero, agravando a situação da população. A intensidade dos ataques no oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia, levou o exército polaco a colocar a sua aviação e a dos aliados em estado de alerta, mobilizando caças para proteger o seu espaço aéreo como medida preventiva. Os ataques russos surgem num contexto de recentes negociações de paz em Miami, lideradas pelos Estados Unidos, e após a morte de um general russo em Moscovo devido à explosão do seu carro. A Ucrânia também tem realizado ataques em território russo.
As defesas antiaéreas russas abateram 29 drones ucranianos numa noite, com ataques a visar regiões como Rostov e Stavropol, onde uma fábrica petroquímica foi atingida. Adicionalmente, as forças ucranianas divulgaram ter efetuado ataques com drones contra soldados russos a cavalo na linha da frente.















