
Coreia do Norte disponível para diálogo com os EUA sob condição de não desnuclearização



O líder norte-coreano, Kim Jong-un, declarou estar disposto a retomar o diálogo com os Estados Unidos, mas impôs uma condição clara: que Washington abandone a sua “obsessão delirante” pela desnuclearização de Pyongyang e opte por uma coexistência pacífica.
A declaração, proferida durante um discurso na Assembleia Popular Suprema, foi acompanhada por uma nota pessoal, na qual Kim afirmou ter “boas recordações” do Presidente norte-americano, Donald Trump.
A Coreia do Norte, que realizou seis testes nucleares entre 2006 e 2017, justifica o seu programa militar como uma defesa contra as ameaças dos EUA e dos seus aliados. Em resposta, a Coreia do Sul expressou o seu apoio a um eventual diálogo entre Pyongyang e Washington, mas reiterou o seu compromisso inabalável com o objetivo de uma península desnuclearizada. Um funcionário do gabinete presidencial sul-coreano, sob condição de anonimato, afirmou que o governo continuará a trabalhar por uma península em paz e sem armas nucleares.
Adicionalmente, o Ministério da Unificação de Seul assegurou não procurar hostilidades com o Norte, reafirmando o respeito pelo regime norte-coreano e descartando qualquer forma de unificação por absorção. Apesar dos gestos de reconciliação de Seul, Kim Jong-un descartou qualquer interação com o governo sul-coreano, classificou a unificação como “desnecessária” e criticou as políticas do Presidente Lee Jae-myung. As declarações do líder norte-coreano reacenderam as expectativas de um possível encontro surpresa com Donald Trump, que já se reuniu com Kim por três vezes durante o seu primeiro mandato (2017-2021) sem alcançar avanços na desnuclearização. Especula-se que uma nova reunião possa ocorrer na Zona Desmilitarizada (DMZ) durante a visita de Trump à Coreia do Sul para a cimeira da APEC, no final de outubro.
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