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Kim Jong-un entra na China de comboio para assistir a desfile militar com Xi e Putin

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, viajou de comboio para a China para participar num importante desfile militar ao lado dos presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin. Esta visita assinala a sua estreia num evento multilateral e ocorre num contexto de crescente alinhamento geopolítico entre os três países.
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O líder norte-coreano, Kim Jong-un, chegou a Pequim a bordo do seu comboio blindado para a sua primeira visita à China desde 2019.

O objetivo principal da deslocação é assistir ao desfile militar na Praça Tiananmen que assinala os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com especial ênfase na rendição do Japão.

Este evento representa a estreia de Kim num palco diplomático multilateral desde que assumiu o poder em 2011, sendo acompanhado por altos quadros do regime, como a ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui.

A visita tem um forte simbolismo geopolítico, prevendo-se que Kim Jong-un, Xi Jinping e Vladimir Putin surjam lado a lado durante a parada militar, projetando uma imagem de unidade face aos Estados Unidos e seus aliados.

A presença conjunta abre a possibilidade de cimeiras bilaterais e de um inédito encontro trilateral, o que constituiria uma poderosa mensagem de alinhamento entre os três países, todos eles críticos dos EUA.

Esta viagem acontece num momento em que as relações entre Pequim e Pyongyang se encontram tensas devido ao aprofundamento da cooperação militar entre a Coreia do Norte e a Rússia.

Esta aliança foi formalizada com um pacto de assistência militar mútua em caso de agressão, que incluiu o envio de tropas norte-coreanas para a guerra na Ucrânia, ordenado por Kim a 28 de agosto de 2024. Estima-se que milhares de soldados norte-coreanos estejam na região russa de Kursk, tendo já sofrido um número elevado de baixas, superior a 4.700 militares. Na véspera da partida, o regime norte-coreano anunciou o desenvolvimento de um novo motor para mísseis balísticos intercontinentais, o Hwasong-20, numa clara demonstração de força militar.

Para Kim, a visita representa uma oportunidade para regressar ao palco internacional após o isolamento do país durante a pandemia de covid-19, sendo a sua primeira viagem ao estrangeiro desde a visita à Rússia em setembro de 2023, quando o pacto estratégico entre os dois países estava a ser finalizado.

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