
Kremlin acusa Ucrânia de entravar negociações de paz



O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que o processo de paz está a ser "artificialmente abrandado" pelo lado ucraniano, acusando o "regime de Kiev" de não demonstrar "nenhuma disposição para realmente iniciar discussões sérias". Segundo Peskov, a posição ucraniana carece de flexibilidade, o que impede o avanço das negociações.
Apesar das acusações, o porta-voz reiterou que a Rússia permanece "aberta e pronta para o diálogo" e interessada em resolver a crise por meios políticos e diplomáticos.
Moscovo aponta também a interferência dos países europeus, que, segundo Peskov, não prestam atenção "às causas subjacentes da crise" e contribuem para o prolongamento do conflito com o apoio que dão à Ucrânia. Neste contexto, é mencionado que 26 países concordaram em enviar tropas para a Ucrânia como parte das garantias de segurança solicitadas por Kiev.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, assumiu um papel de mediador, procurando um fim rápido para a ofensiva russa em grande escala iniciada em 2022. Um dos artigos refere ainda que agentes pró-Kremlin utilizam a desinformação para atacar os esforços ocidentais que visam um acordo de paz.
As posições de ambas as partes parecem, de momento, irreconciliáveis.
A Rússia exige a desmilitarização, a rendição da Ucrânia e a cedência das regiões que anexou ou reivindicou (Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia).
Kiev considera estas condições inaceitáveis e, por sua vez, exige garantias de segurança dos aliados ocidentais, temendo um novo ataque russo mesmo após um eventual acordo de paz.
Este ano, realizaram-se três rondas de negociações diretas em Istambul, em maio, junho e julho, que resultaram apenas em acordos para a troca de prisioneiros de guerra. A postura russa endureceu desde a cimeira de meados de agosto entre Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca, com o presidente russo a recusar reunir-se com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, bem como a declarar um cessar-fogo.
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