Sanções, Desafios e Diplomacia: A Nova Escalada de Tensão entre EUA e Rússia



Os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções às duas maiores petrolíferas da Rússia, a Rosneft e a Lukoil, numa medida descrita por analistas como um "sinal de endurecimento" da política de Washington face a Moscovo.
Esta foi a primeira vez que o Presidente Donald Trump impôs sanções à Rússia.
A decisão marcou um novo ponto de tensão nas relações bilaterais e levou ao cancelamento dos planos para uma futura cimeira entre Trump e o Presidente Vladimir Putin, que estava prevista para Budapeste, na Hungria. Washington garantiu estar disposto a ir mais longe para travar a guerra na Ucrânia, que a Rússia iniciou a 24 de fevereiro de 2022.
A reação russa foi de desvalorização do impacto das medidas.
O Presidente Vladimir Putin classificou as sanções como uma "ação hostil", mas assegurou que não teriam "efeitos significativos" na economia do país. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reforçou esta posição, afirmando que o governo russo "fará o que melhor servir" os seus interesses e que não está a agir "contra ninguém, mas em nosso próprio benefício".
Peskov desafiou Trump, sugerindo que este poderia "verificar dentro de seis meses" se as sanções teriam um impacto real. Do lado americano, o Presidente Trump respondeu aos comentários de Putin, afirmando: "Ainda bem que ele pensa assim", e reiterou a previsão de que os resultados das sanções seriam visíveis "daqui a seis meses".
Apesar da retórica, foi feita uma tentativa de diálogo.
Dmitriev, o enviado económico do Presidente Putin, viajou para os Estados Unidos para se reunir com Steve Witkoff, o enviado da Casa Branca para a Rússia, numa tentativa de aliviar as tensões agravadas pelas novas medidas.
O contexto internacional inclui também a ação da União Europeia, que aprovou o seu 19.º pacote de sanções contra a Rússia. Este pacote inclui restrições à "frota fantasma" russa de petroleiros, antecipa em um ano a proibição de importações de gás natural liquefeito de Moscovo e abrange empresas chinesas e indianas acusadas de ajudar a Rússia a contornar as sanções internacionais. Estas ações coordenadas dos aliados de Kyiv visam diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o seu esforço de guerra na Ucrânia.
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