A Esperança Pascal de Leão XIV: Da Memória dos Mortos à Promessa da Vida Eterna

Por ocasião da comemoração dos Fiéis Defuntos, o Papa Leão XIV centrou as suas homilias na esperança cristã que transcende a morte, sublinhando que a caridade e a fé na ressurreição são a resposta à dor da perda.

No dia 2 de novembro, o Papa Leão XIV presidiu à missa no Cemitério de Verano, em Roma, onde afirmou perante centenas de pessoas que “a caridade vence a morte”.

Continuando uma tradição do seu predecessor, o Papa depositou simbolicamente um ramo de flores num túmulo e explicou que a memória dos entes queridos deve ser vivida não apenas como uma recordação do passado, mas como uma “esperança futura”. Esta esperança, segundo Leão XIV, não é uma “ilusão” ou um “simples otimismo humano”, mas está “fundada na ressurreição de Jesus”, que abriu a passagem para a plenitude da vida.

O pontífice assegurou ainda que rezaria não só pelos seus entes queridos, mas também por “aqueles de quem ninguém se lembra”.

No dia seguinte, 3 de novembro, Leão XIV presidiu a uma missa na Basílica de São Pedro em sufrágio do seu predecessor, o Papa Francisco, falecido a 21 de abril, e dos cardeais e bispos que morreram no último ano. A celebração recordou oito cardeais e patriarcas, bem como todos os bispos falecidos entre 21 de outubro de 2024 e 20 de outubro de 2025.

Antes da missa, o Papa esteve em oração junto dos túmulos dos seus predecessores.

Nesta homilia, Leão XIV evocou a “morte terrível” de tantos inocentes no mundo atual, comparando o trauma ao desânimo dos discípulos de Emaús.

Apontou a “esperança pascal” como a “nova realidade” que floresce com a fé no Ressuscitado.

O Papa referiu-se à morte como uma “irmã”, citando São Francisco de Assis, e sustentou que nem a morte mais trágica impede Deus de transformar o corpo mortal “à imagem do seu corpo glorioso”.

Concluiu afirmando que o Papa Francisco e os outros prelados falecidos “viveram, testemunharam e ensinaram esta esperança nova, pascal”.

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