
Leão XIV pede a Netanyahu cessar-fogo e fim da guerra



Ataques das forças israelitas na Faixa de Gaza provocaram a morte a dezenas de palestinianos, muitos dos quais aguardavam por ajuda humanitária. Num dos incidentes, em Rafah, pelo menos 32 pessoas morreram e 80 ficaram feridas. Noutros ataques perto de centros de ajuda em Khan Yunis e Rafah, morreram pelo menos mais 26 civis. Estes eventos ocorrem num contexto de crise humanitária crescente, com uma organização não governamental a relatar que os casos de subnutrição em Gaza aumentaram exponencialmente, de 293 em maio para 983 no início de julho, afetando maioritariamente crianças. As autoridades de Gaza afirmam que Israel continua a impedir a entrada massiva de ajuda.
No plano diplomático, o Papa Leão XIV telefonou ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após um ataque militar ter atingido a paróquia da Sagrada Família, a única igreja católica em Gaza, causando mortos e feridos. O Santo Padre apelou a um cessar-fogo, ao fim da guerra e à proteção dos locais de culto e da população civil, manifestando preocupação com a “dramática situação humanitária”. Netanyahu terá lamentado que “uma munição perdida” atingiu a igreja. O Hamas, por sua vez, acusou Netanyahu de rejeitar propostas para um acordo integral de libertação de reféns, insistindo que qualquer negociação deve incluir o fim da guerra e a retirada das tropas israelitas de Gaza.
A tensão estende-se a outras frentes. O líder do Hezbollah libanês rejeitou depor as armas e admitiu estar pronto para um “confronto” com Israel, argumentando que a sua força é necessária para proteger o Líbano de contínuos ataques israelitas que, segundo ele, violam o cessar-fogo estabelecido em novembro. O líder do movimento xiita criticou um plano dos EUA para o seu desarmamento.
Em contraste, foi anunciado um cessar-fogo entre Israel e a Síria, com o apoio dos Estados Unidos, Turquia e Jordânia. O acordo surge numa altura de intensos confrontos internos na província síria de Sweida entre fações drusas e beduínas, que já causaram mais de 600 mortos e quase 80.000 deslocados. Israel tinha anteriormente bombardeado alvos governamentais sírios na região para proteger a minoria drusa.
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