Tensão na Fronteira: Líbano Leva Israel ao Conselho de Segurança da ONU por Construção de Muro



A presidência libanesa anunciou que, por indicação do Presidente Joseph Aoun, foi apresentada uma queixa formal ao Conselho de Segurança da ONU contra Israel. A acusação centra-se na construção de um muro de betão que, segundo o Líbano, viola a fronteira sul do país ao cruzar a "Linha Azul", a linha de demarcação estabelecida pela ONU após a retirada israelita em 2000.
O Presidente Aoun solicitou que a queixa fosse acompanhada de relatórios das Nações Unidas para fundamentar a alegação. A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) corroborou a posição libanesa, acusando Israel de violar a soberania do país ao erguer muros na região de Yaroun. Segundo a FINUL, esta construção tornou inacessíveis aos habitantes locais mais de 4.000 metros quadrados de território libanês. Em resposta, o exército israelita rejeitou as acusações, embora tenha confirmado a construção de uma barreira de reforço ao longo da linha de demarcação, afirmando que a obra faz parte de um plano mais vasto iniciado em 2022. Este incidente ocorre num contexto de elevada tensão, apesar do cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024.
Israel tem justificado bombardeamentos no Líbano com alegadas violações do acordo por parte do Hezbollah.
As hostilidades intensificaram-se após o início da guerra em Gaza em outubro de 2023, com o Hezbollah a envolver-se em confrontos com Israel em apoio ao Hamas.
No verão anterior, uma campanha aérea israelita visou a liderança do movimento xiita.
Desde o cessar-fogo, o Estado libanês tem procurado concentrar o armamento nas suas forças de segurança oficiais e reforçar a sua presença na zona de fronteira, uma área tradicionalmente controlada pelo Hezbollah onde Israel ainda mantém posições militares.
O mandato da FINUL, presente na região há quase cinco décadas, está previsto terminar em 2026.













