
Hezbollah insiste que não vai entregar armas e pede diálogo com Governo



O Conselho de Ministros libanês aprovou, no início do mês, um plano proposto pelos Estados Unidos para o desarmamento do Hezbollah a ser implementado antes do final do ano.
A decisão foi classificada como "importante" pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que se mostrou disponível para responder com medidas recíprocas, incluindo uma retirada gradual das tropas israelitas das cinco áreas que ocupam no sul do Líbano, caso o desarmamento se concretize.
No entanto, o Hezbollah rejeitou veementemente a medida.
O secretário-geral do grupo, Naim Qassem, declarou que não irá depor as armas, que considera essenciais para a proteção contra Israel. Qassem classificou a decisão do Governo como um erro que responde aos "ditames de Israel e dos Estados Unidos" e uma "capitulação". Em alternativa, o líder do grupo xiita, que conta com dois ministros no executivo e alega ter o apoio de mais de metade da população, apelou a um diálogo nacional para definir uma estratégia de defesa e reforçar o exército, visando restaurar a "soberania nacional". A situação ocorre num contexto de cessar-fogo mediado pelos EUA, em vigor desde novembro de 2024, que pôs fim a uma guerra de 14 meses.
Apesar da trégua, Israel continua a realizar ataques aéreos quase diários contra alvos do Hezbollah e ameaça intensificar as operações militares se o desarmamento não avançar.
O Hezbollah, por sua vez, exige o fim destes ataques e a retirada israelita do território libanês como condição para discutir o seu arsenal.
O enviado especial norte-americano, Thomas Barrack, está a mediar as negociações para consolidar o cessar-fogo.
A comunidade internacional pressiona o Líbano, cuja ajuda para a reconstrução, estimada em mais de 11 mil milhões de dólares, pode depender do desarmamento do grupo. Contudo, o Governo libanês enfrenta o risco de um conflito civil, dado que o Hezbollah prometeu combater qualquer tentativa de desarmamento forçado.
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