Líbano Propõe Acordo para Fim das Hostilidades com Israel em Meio a Tensões Crescentes



Numa declaração televisiva por ocasião do Dia da Independência, o Presidente libanês, Joseph Aoun, afirmou que o Líbano está pronto para negociar um acordo que termine com os ataques israelitas e que inclua a retirada de Israel de cinco colinas fronteiriças ocupadas. Aoun garantiu que as tropas libanesas estão preparadas para assumir posições em todos os pontos de onde as forças israelitas se retirem.
Contudo, o próprio Presidente reconheceu a incerteza sobre a aceitação da proposta por parte de Israel, dado que a oferta surge num período de intensificação dos ataques israelitas no Líbano. Um exemplo recente da escalada da violência foi um ataque aéreo na terça-feira anterior ao anúncio, que matou 13 pessoas no campo de refugiados palestinianos de Ein el-Hilweh, sendo o mais mortífero desde o início do cessar-fogo há um ano.
Aoun não especificou se as negociações seriam diretas, mas sugeriu que poderiam ser patrocinadas pelos EUA, pelas Nações Unidas ou pela comunidade internacional.
Para garantir o cumprimento do acordo, o chefe de Estado libanês propôs que o comité de monitorização do cessar-fogo, composto pelos EUA, França, Israel, Líbano e a força da ONU (UNIFIL), verificasse a presença exclusiva das forças libanesas na fronteira.
A mais recente guerra entre Israel e o Hezbollah teve início a 8 de outubro de 2023, quando o Hezbollah lançou roquetes em solidariedade com o Hamas. Em resposta, Israel levou a cabo um bombardeamento de dois meses e uma invasão terrestre que enfraqueceu o Hezbollah.
Segundo Israel, o grupo está a tentar reconstruir as suas capacidades.
O conflito resultou em mais de 4.000 mortos no Líbano e uma destruição avaliada em 11 mil milhões de dólares pelo Banco Mundial.
Em Israel, morreram 127 pessoas, incluindo 80 soldados.













