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A Década Perdida para a Liberdade: UNESCO Alerta para Retrocesso Global da Expressão

Um relatório da UNESCO revela um alarmante retrocesso de 10% na liberdade de expressão a nível mundial desde 2012, uma quebra comparável ao período da Primeira Guerra Mundial que ameaça os pilares da democracia.
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A liberdade de expressão a nível global sofreu uma contração de 10% entre 2012 e 2024, um declínio que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) compara ao retrocesso verificado durante a Primeira Guerra Mundial. A conclusão consta do estudo “Tendências mundiais do jornalismo: configuração num mundo de paz 2022/2025”, que aponta para uma aceleração desta tendência negativa a partir de 2020, e de forma mais acentuada desde 2022, com um ritmo de queda anual de 1,30%. Este fenómeno está associado a múltiplas pressões políticas, sociais e comerciais que minam a pluralidade e diversidade dos meios de comunicação.

O relatório destaca o papel das grandes empresas de tecnologia na criação de um ambiente propício à desinformação e ao discurso de ódio, bem como o impacto prejudicial da inteligência artificial generativa.

Fatores como o enfraquecimento das instituições, a queda da confiança pública e a crescente polarização são também identificados como causas deste retrocesso.

O jornalismo é um dos setores mais afetados, com um aumento significativo da hostilidade e das ameaças físicas contra os seus profissionais.

Entre 2022 e 2025, foram mortos 185 jornalistas, um aumento de 67% face ao quadriénio anterior.

A impunidade para estes crimes é alarmante, com 85% dos autores das mortes registadas até 2024 a não terem sido condenados.

Simultaneamente, a autocensura entre repórteres aumentou 63% desde 2012, impulsionada pelo medo de represálias, enquanto a vigilância digital e as leis restritivas cresceram 48%, dificultando o jornalismo independente.

Este declínio na liberdade de expressão ocorre num contexto de erosão democrática global.

Pela primeira vez em duas décadas, os regimes autocráticos superam as democracias, resultando em 72% da população mundial a viver sob regras não democráticas, o nível mais elevado desde 1978.

Estes dados são compilados pelo Instituto V-Dem, da Universidade de Gotemburgo, que analisa fatores como a censura e o assédio a jornalistas.

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