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Líder da China critica "mentalidade da Guerra Fria"

O Presidente chinês, Xi Jinping, denunciou a 'mentalidade da Guerra Fria' e os 'atos de intimidação' nas relações internacionais, apelando a uma ordem mundial mais justa durante a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai.
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Na abertura da 25.ª cimeira de líderes da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), realizada na cidade de Tianjin, o Presidente chinês, Xi Jinping, criticou veementemente a 'mentalidade da Guerra Fria', o 'confronto entre blocos' e os 'atos de intimidação' que marcam o atual cenário internacional. O líder da segunda maior economia mundial defendeu a necessidade de promover 'uma ordem mundial justa e ordenada' e um sistema de governação global 'mais justo e razoável', instando a que se adote uma perspetiva histórica sobre a Segunda Guerra Mundial para contrariar as tendências atuais. No seu discurso, Xi Jinping apelou à SCO para que defenda a 'globalização inclusiva' e o 'sistema multilateral de comércio', tendo a Organização Mundial do Comércio (OMC) como o seu 'eixo central', uma referência ao contexto de guerra comercial com os Estados Unidos. Sublinhando que 'os fatores de instabilidade, incerteza e imprevisibilidade aumentaram consideravelmente', o líder chinês anunciou que a China prestará ajuda no valor de dois mil milhões de yuan (239 milhões de euros) aos estados-membros da organização, garantindo que estes 'nunca serão inimigos'.

A cimeira, descrita como a mais importante desde a criação da SCO em 2001, reuniu líderes de relevo como o Presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

O encontro decorre num cenário de múltiplas crises que afetam diretamente os membros da organização, incluindo o confronto comercial dos EUA com a China e a Índia, a invasão russa na Ucrânia e a disputa em torno do programa nuclear do Irão. A SCO, cujos membros incluem China, Rússia, Índia, Paquistão, Irão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão, representa aproximadamente 40% da população do planeta e 23,5% da economia mundial.

A organização é frequentemente apresentada como um contrapeso à NATO, apesar de, ao contrário do bloco atlântico, não ter cláusulas de defesa mútua.

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