
Liga Contra o Cancro alerta para risco de diagnósticos tardios devido a bloqueio nas ecografias convencionadas



A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), através do seu presidente Vítor Veloso, expressou "extrema preocupação" com a diminuição da acessibilidade a meios de diagnóstico para utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no setor privado. A preocupação surge na sequência de dificuldades na marcação de ecografias mamárias e à tiroide em unidades da Unilabs que servem os distritos de Braga, Faro, Lisboa, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu. Uma pesquisa da agência Lusa revelou que, para utentes do SNS, não existiam vagas disponíveis, enquanto para clientes particulares ou com seguro de saúde, a marcação era possível, na maioria dos casos, num prazo de cinco a 26 dias. As exceções registaram-se em Faro, onde não havia vagas para ninguém, e em Viseu, onde não era possível marcar ecografias mamárias por nenhuma via. Uma atualização da pesquisa mostrou que a situação se mantém, com a única alteração em Braga, onde já é possível agendar uma ecografia à tiroide pelo SNS, mas com um tempo de espera de 64 dias, em contraste com os três dias para clientes com seguro. A Unilabs admitiu as dificuldades de acesso, justificando-as com a falta de atualização dos preços convencionados com o Estado há mais de 15 anos, o que, segundo a empresa, dificulta a disponibilidade de especialistas. Vítor Veloso considera que o congelamento dos preços não pode justificar a ausência de soluções e responsabiliza o Estado por não cumprir a portaria que prevê a revisão anual das tabelas. O presidente da LPCC alerta que estes atrasos no diagnóstico podem agravar o prognóstico dos doentes oncológicos e aumentar os custos para o SNS, uma vez que doenças em estado avançado implicam tratamentos mais dispendiosos. A LPCC refere ainda ter conhecimento de atrasos transversais em todo o país para primeiras consultas, exames e cirurgias, com especial preocupação para os cancros do pulmão e do pâncreas, que exigem uma resposta rápida.
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), responsável pelas convenções, foi questionada pela Lusa mas não prestou esclarecimentos até ao momento.
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