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Inauguração do Centro David Bowie em Londres

Londres inaugura o 'Centro David Bowie', um novo espaço que acolhe o vasto arquivo pessoal do artista, disponibilizando-o para estudo e inspiração de novas gerações.
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O museu Victoria & Albert (V&A), em Londres, inaugura o 'Centro David Bowie', um novo espaço no V&A East Storehouse, localizado no antigo parque olímpico da capital britânica.

Este centro foi criado para acolher o vasto acervo privado do artista, composto por mais de 90 mil peças que documentam a sua carreira e processo criativo.

A coleção é extremamente diversificada, incluindo 414 trajes e acessórios, cerca de 150 instrumentos musicais, 187 prémios, e material de 'merchandising'.

Entre os objetos mais icónicos encontram-se os fatos desenhados por Freddie Burretti e Kansai Yamamoto para as digressões 'Ziggy Stardust' e 'Aladdin Sane', o casaco com a bandeira britânica que Bowie desenhou para a capa do álbum 'Earthling' (1997), e até uma chave do seu apartamento em Berlim nos anos 1970.

O arquivo inclui também milhares de fotografias, negativos, diários, cartas de admiradores, partituras e documentação de projetos, alguns dos quais nunca foram realizados. O 'Centro David Bowie' funciona não só como uma área de exposição, mas principalmente como um repositório e arquivo com salas de leitura e estudo.

Embora alguns objetos estejam em vitrinas com exposições rotativas e temporárias, a maioria das peças pode ser reservada antecipadamente pelos visitantes para uma consulta pessoal mais detalhada.

Segundo a curadora Madeleine Haddon, o objetivo é que o público possa explorar o arquivo para estimular a sua própria criatividade, cumprindo o que se acredita ser o desejo do próprio Bowie, sendo um espaço para todos e não apenas para académicos.

O projeto foi concebido com a preocupação de alcançar as gerações mais jovens que não conheceram o artista. A arquivista Sabrina Offord explicou que os jovens se mostraram interessados na sua criatividade ilimitada, na sua vontade de experimentar e nas suas ideias sobre identidade de género.

Desta forma, o centro pretende funcionar como 'uma espécie de livro de referência para futuros profissionais e criativos', perpetuando o legado de David Bowie, considerado um dos músicos mais influentes e inovadores da história.

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