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Estudo sugere que lua de Saturno possui estabilidade para o desenvolvimento de vida
Equilíbrio Térmico de Encélado: A Estabilidade da Lua de Saturno que Alimenta a Esperança de Vida Extraterrestre
Um novo estudo revela que o oceano subterrâneo de Encélado, uma das luas de Saturno, mantém um equilíbrio energético estável, reforçando a possibilidade de ser um dos locais mais promissores do Sistema Solar para o desenvolvimento de vida.
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Um estudo publicado na revista científica Science Advances indica que Encélado, uma lua de Saturno, possui um ambiente estável propício ao surgimento de vida. A investigação, que contou com a participação da Universidade de Oxford, concluiu que a lua emite muito mais calor do que seria de esperar de um corpo passivo, sugerindo um equilíbrio entre a energia perdida para o espaço e a energia gerada internamente. A possibilidade de vida em Encélado é sustentada pela presença de um oceano de água líquida sob a sua crosta de gelo, juntamente com calor e elementos químicos essenciais, como fósforo e hidrocarbonetos complexos. Para que a vida possa evoluir, no entanto, este oceano necessita de um ambiente estável.
Essa estabilidade é mantida pelo calor gerado pelas marés, resultantes da força gravitacional de Saturno, que comprime e distende a lua na sua órbita.
Um desequilíbrio — pouca energia levaria ao congelamento do oceano, enquanto demasiada energia alteraria drasticamente o ambiente — tornaria a vida inviável.
Utilizando dados da sonda espacial Cassini, que orbitou Saturno entre 2004 e 2017, os cientistas descobriram um fluxo de calor significativo no polo norte, uma região que se pensava ser geologicamente inativa. Anteriormente, acreditava-se que a perda de calor ocorria apenas no polo sul, conhecido pelos seus jatos de vapor de água.
A equipa comparou observações do polo norte durante o inverno (2005) e o verão (2015) para medir a energia que viaja do oceano (0ºC) através do gelo até à superfície (-223ºC). Ao combinar o calor do polo norte com as estimativas anteriores do polo sul, a perda total de calor da lua atinge 54 gigawatts. Este valor corresponde de forma precisa à entrada de calor prevista pelas forças de maré. Este equilíbrio energético sugere que o oceano de Encélado pode permanecer líquido durante escalas de tempo geológicas, oferecendo as condições estáveis necessárias para que a vida possa, potencialmente, surgir. O próximo passo da investigação será determinar a idade do oceano, que ainda é incerta, para avaliar se existiu tempo suficiente para a evolução da vida.
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Lua de Saturno tem estabilidade para desenvolvimento de vida
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