Lucro da Nike cai mais de 30% e ações desvalorizam apesar do aumento das receitas



A Nike apresentou uma quebra de 31% no lucro líquido no primeiro semestre do ano fiscal de 2026, para 1,519 mil milhões de dólares, e uma descida de 32% no segundo trimestre, para 800 milhões de dólares, em comparação com os períodos homólogos. A reação do mercado foi negativa, com as ações a caírem 10,7% antes da abertura da bolsa, acumulando uma quebra de 10,9% desde o início do ano. Apesar da diminuição dos lucros, as receitas da empresa no segundo trimestre aumentaram 1%, para 12,4 mil milhões de dólares, superando as expectativas do mercado devido à procura resiliente. A marca Nike viu as suas receitas crescerem 1%, para 12,1 mil milhões, impulsionadas pela América do Norte, mas com quedas na China e na região da Ásia-Pacífico e América Latina.
As vendas grossistas subiram 8%, enquanto as vendas diretas (Nike Direct) caíram 8%, devido a uma redução de 14% nas receitas digitais. A marca Converse registou uma queda de 30% nas receitas, para 300 milhões de dólares. A margem bruta da empresa sofreu uma descida de 300 pontos base, para 40,6%, principalmente devido ao aumento das tarifas na América do Norte. As despesas com vendas e administrativas subiram 1%, para quatro mil milhões de dólares, com um aumento de 13% nos custos de marketing. Os inventários diminuíram 3%, fixando-se em 7,7 mil milhões de dólares. A empresa devolveu 598 milhões de dólares aos acionistas em dividendos no trimestre, um aumento de 7%.
O presidente e CEO da Nike, Elliott Hill, afirmou que a empresa está "a meio" da sua recuperação e confiante nas medidas tomadas para impulsionar o crescimento a longo prazo. O diretor financeiro, Matthew Friend, destacou a resiliência do portefólio e as mudanças necessárias para posicionar a empresa para uma "recuperação completa".











