Lula da Silva manifesta otimismo sobre acordos do Mercosul apesar do adiamento com a União Europeia



Durante a cimeira do Mercosul na Foz do Iguaçu, o Presidente do Brasil, Lula da Silva, afirmou que “o mundo está ávido” por acordos com o bloco, prevendo a concretização de vários entendimentos nos próximos meses. Apesar do adiamento da assinatura do acordo comercial com a União Europeia (UE), que estava prevista para o evento, Lula expressou otimismo, referindo ter recebido indicações de que a França, por si só, não conseguirá bloquear o acordo. O pacto com a UE foi adiado depois de o Conselho Europeu ter anunciado não possuir o apoio necessário para a sua aprovação, propondo a data de 12 de janeiro no Paraguai.
Embora Lula da Silva tivesse anteriormente avisado que o Mercosul abandonaria as negociações se o acordo não fosse assinado na cimeira, os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco expressaram desilusão mas concordaram em esperar que a UE resolva as suas divergências internas. Na cimeira estiveram presentes, para além de Lula, os líderes da Argentina, Javier Milei, do Paraguai, Santiago Peña, e do Uruguai, Yamandú Orsi. O Brasil transferirá a presidência rotativa do Mercosul para o Paraguai.
Paralelamente às negociações com a UE, foram registados avanços internos no Mercosul.
Numa reunião ministerial que antecedeu a cimeira, o Brasil apresentou um relatório indicando progressos na negociação para incluir o comércio de automóveis, açúcar e etanol na zona de livre circulação do bloco, uma antiga reivindicação brasileira que enfrentava a oposição dos restantes parceiros. Foram também concluídos os termos de referência para um estudo técnico que servirá de base para futuras negociações sobre a incorporação do açúcar e do etanol no comércio livre do Mercosul.

















