
Apoiantes de Bolsonaro saem à rua antes de ser conhecida a sentença no caso da tentativa de golpe de Estado



O Presidente brasileiro, Lula da Silva, aproveitou as comemorações do Dia da Independência para enviar uma mensagem clara de soberania nacional, visando a administração norte-americana de Donald Trump. Num discurso transmitido por rádio e televisão, Lula afirmou que "o Brasil não recebe ordens de ninguém", criticando a pressão exercida por Washington sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado. Nas suas declarações, o chefe de Estado brasileiro sublinhou que o país não é e não será "colónia de ninguém", sendo capaz de se governar sem interferência externa.
Reforçou que, embora o Brasil mantenha relações amistosas com todas as nações, "o Brasil só tem um senhor: o povo brasileiro".
Lula da Silva garantiu ainda a defesa da democracia brasileira contra qualquer tentativa de a minar.
A mensagem pareceu ser uma resposta direta a Donald Trump, que considera o julgamento do seu amigo e aliado político, Jair Bolsonaro, uma "caça às bruxas".
Lula da Silva defendeu a independência dos poderes, lembrando que a Constituição estabelece que nem mesmo o presidente brasileiro pode interferir nas decisões do poder judicial, "ao contrário do que querem impor ao nosso país".
O julgamento de Bolsonaro e de sete membros da sua cúpula encontra-se na fase final, com o ex-presidente a enfrentar uma pena que pode chegar aos 40 anos de prisão. Lula da Silva dirigiu-se também aos que chamou de "traidores da pátria", referindo-se a políticos brasileiros que, segundo ele, incentivam ataques contra o Brasil e defendem interesses pessoais em vez dos do povo.
A crítica visou o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente.
Tanto Jair como Eduardo Bolsonaro estão a ser investigados por tentarem obstruir o julgamento com o apoio da administração Trump, procurando que o governo norte-americano impusesse sanções ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Brasil.
Segundo a polícia, estas ações resultaram em medidas concretas por parte dos Estados Unidos, que revogaram os vistos de vários juízes do STF e de alguns ministros, além de terem imposto tarifas de 50% sobre uma parte das importações brasileiras.
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