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Macron avisa que reconhecimento da Palestina não será parado por ofensivas

O movimento internacional para o reconhecimento do Estado da Palestina ganha força na Europa, liderado por França e Bélgica, enfrentando a oposição de Israel e dos Estados Unidos em vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas.
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O presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu Israel que nenhuma ofensiva militar ou tentativa de anexação de territórios irá travar o impulso internacional para o reconhecimento do Estado palestiniano.

Numa mensagem após uma conversa com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, Macron sublinhou que o movimento, ao qual vários parceiros já aderiram, não será interrompido.

A declaração surge num momento em que Israel se prepara para uma vasta operação militar na Faixa de Gaza e planeia a construção de mais colonatos na Cisjordânia. No decurso da próxima Assembleia Geral da ONU, que decorrerá em setembro em Nova Iorque, França, Bélgica, Portugal e mais de uma dezena de outros governos ocidentais preparam-se para formalizar o reconhecimento do Estado da Palestina. O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, anunciou que o seu país avançará com o reconhecimento como resposta à "tragédia humanitária" em Gaza e para "condenar as intenções expansionistas de Israel".

A Bélgica planeia também impor sanções ao governo israelita, embora a formalização do reconhecimento esteja condicionada à libertação de todos os reféns e à saída do Hamas da administração de Gaza.

Adicionalmente, França e a Arábia Saudita irão copresidir a uma conferência sobre a "solução de dois Estados" no dia 22 de setembro.

Este movimento diplomático enfrenta forte oposição.

Israel considera a iniciativa uma "recompensa ao Hamas".

Os Estados Unidos manifestaram a sua "forte oposição" a qualquer reconhecimento unilateral e tomaram a medida de negar e revogar vistos a membros da Autoridade Palestiniana, impedindo a sua participação na Assembleia Geral.

Esta decisão foi classificada como "inaceitável" por Macron, que pediu a sua reversão.

Em Portugal, o PCP questionou o Governo sobre que "iniciativas urgentes" está a tomar para garantir a participação palestiniana, considerando a ação dos EUA ilegal e um "abuso de poder". Para além do reconhecimento, Macron apelou a um cessar-fogo permanente em Gaza, à libertação de todos os reféns e à entrega massiva de ajuda humanitária.

O presidente francês defende ainda que, no futuro, o Hamas seja desarmado, a Autoridade Palestiniana reformada e a Faixa de Gaza totalmente reconstruída.

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