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Visita de Macron a Nova Iorque marcada por incidente com Trump e reconhecimento da Palestina

A visita do Presidente francês, Emmanuel Macron, a Nova Iorque para a Assembleia Geral das Nações Unidas ficou marcada por um momento insólito com a comitiva de Donald Trump e por uma decisão diplomática de grande relevo.
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Durante a sua deslocação a Nova Iorque, o Presidente francês, Emmanuel Macron, foi protagonista de um momento caricato na segunda-feira, 22 de setembro. Ao sair da sede das Nações Unidas, a sua comitiva foi impedida de atravessar uma rua por um agente da polícia.

A interrupção devia-se à passagem iminente do cortejo do Presidente dos EUA, Donald Trump, que obrigou ao encerramento da via.

Perante a situação, Macron reagiu com bom-humor: saiu do seu veículo, telefonou diretamente a Trump e, em tom de brincadeira, disse-lhe que estava parado à sua espera.

Após o incidente, o Presidente francês prosseguiu o seu caminho, tendo sido interpelado por transeuntes.

A presença de Emmanuel Macron nos Estados Unidos devia-se à sua participação na Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e Implementação da Solução de Dois Estados, um evento copresidido pela França e pela Arábia Saudita.

Foi neste fórum que Macron fez um anúncio de grande alcance diplomático.

Na abertura da conferência, o Presidente francês declarou que a França reconhece formalmente o Estado da Palestina, afirmando que "chegou o momento".

Macron enquadrou a decisão como um ato de fidelidade ao "compromisso histórico da França" na região e uma forma de preservar a viabilidade de uma solução de dois Estados, com Israel e a Palestina a coexistirem em paz e segurança. Acrescentou que este reconhecimento representa uma "derrota para o Hamas" e para os que promovem o antissemitismo e a destruição de Israel.

A posição francesa é particularmente significativa devido à sua grande comunidade judaica, ao seu estatuto de aliado histórico de Israel e ao seu lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU. Macron condicionou a abertura de uma embaixada francesa na Palestina à libertação de "todos os reféns" detidos pelo Hamas e a um "cessar-fogo" em Gaza.

Anunciou também que outros cinco países europeus — Bélgica, Malta, Luxemburgo, Andorra e São Marino — se preparavam para seguir a mesma decisão.

Este movimento seguiu-se ao reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Portugal, Reino Unido, Canadá e Austrália no dia anterior.

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