menulogo
Notícias Agora
notifications
Notificações
notifications
Nenhuma notificação por ler
user
Close

Entre a Impopularidade Recorde e o Apelo à Regulação Digital: Os Desafios de Macron

Enquanto enfrenta uma queda histórica na sua popularidade interna, o Presidente francês, Emmanuel Macron, apela a uma regulação mais robusta das redes sociais para combater a interferência estrangeira e a desinformação que minam as democracias.
News ImageNews ImageNews Image

A popularidade do Presidente francês, Emmanuel Macron, atingiu um mínimo histórico, tornando-o o chefe de Estado mais impopular de França nos últimos 50 anos.

Segundo uma sondagem do grupo Verian para o Le Figaro, apenas 11% dos franceses aprovam a sua atuação, um valor que iguala o recorde negativo do seu antecessor, François Hollande, em 2016.

Esta queda acentuada é atribuída a decisões como a reforma que aumentou a idade da reforma e a dissolução do parlamento após as eleições europeias de 2024. Outros institutos, como a Ipsos e a Odoxa, confirmam a tendência de queda, com taxas de aprovação de 19% e 20%, respetivamente.

Um ex-conselheiro presidencial afirmou à revista POLITICO que Macron parece ter uma “fraca perceção das consequências” das suas reformas sobre o país.

Este descontentamento generalizado em França insere-se num contexto mais amplo de pessimismo político nas principais democracias europeias.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer regista uma aprovação inferior a 20%, enquanto na Alemanha, o chanceler Friedrich Merz alcançou recentemente 25%.

Paralelamente à crise de popularidade, Macron defende uma maior regulação das redes sociais para travar a interferência estrangeira e a desinformação.

Durante o Fórum da Paz de Paris, o Presidente alertou que estas plataformas se tornaram um terreno fértil para a manipulação política, explicando que o seu modelo de negócio, focado em vender publicidade personalizada, é movido pela “criação de máxima agitação”.

Este processo, segundo Macron, gera mais tráfego, mas mina a ordem meritocrática baseada no argumento racional e na verdade, que são pilares das democracias.

Macron acusou diretamente a Rússia de ser um dos “maiores compradores de contas falsas”, com o objetivo de “desestabilizar as democracias europeias”, classificando a prática como “interferência em esteróides”.

Para combater esta ameaça, defende que a Europa deve “retomar o controlo da sua vida democrática e informativa através da regulação”.

O Presidente francês sublinhou, no entanto, que esta nova agenda regulatória deve compatibilizar “proteção e inovação”, sem comprometer o desenvolvimento tecnológico, e promover “atores de interesse público” que ofereçam infraestruturas digitais seguras e abertas.

Artigos

6

Ciência e Tecnologia

Ver mais
categoryVer categoria completa
Descarregar a app
Tenha acesso a todas as notícias, fontes e temas seleccionados por si.
Google Play App Store
Phones