
Garantias de segurança à Ucrânia são "garantias de perigo para a Europa"



O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a Europa está pronta para alcançar "uma paz robusta e duradoura" na Ucrânia, mas apelou ao "envolvimento sério" e à "sinceridade da Rússia" nas negociações.
Esta declaração ocorre no âmbito de uma cimeira em Paris da "Coligação dos Dispostos", que visa formalizar as garantias de segurança a serem oferecidas a Kyiv. Macron sublinhou que a segurança da Ucrânia é também a segurança da Europa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, presente em Paris para preparar a cimeira, denunciou a falta de "qualquer sinal de paz da Rússia".
A "Coligação dos Dispostos", copresidida por Macron e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, junta cerca de 30 países, na sua maioria europeus.
Estes estão dispostos a fornecer apoio militar às forças ucranianas e até a enviar soldados para o terreno após um cessar-fogo, para dissuadir futuras agressões.
Após a cimeira de quinta-feira, os líderes europeus terão uma conversa telefónica com o presidente dos EUA, Donald Trump, cujo apoio é considerado essencial. Trump já prometeu apoiar os esforços europeus com serviços de informações e logística, descartando o envio de tropas terrestres. Zelensky pretende discutir com o presidente norte-americano a imposição de mais sanções a Moscovo.
O caminho para a paz permanece bloqueado por condições vistas como inconciliáveis.
A Rússia exige, para pôr fim ao conflito, a cedência de quatro regiões ucranianas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) e da Crimeia, além da renúncia permanente da Ucrânia à adesão à NATO.
Estas exigências são consideradas inaceitáveis por Kyiv e pelos seus aliados, que, por sua vez, propõem um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes do início das negociações.
Moscovo rejeita esta proposta, temendo que permita à Ucrânia rearmar-se com ajuda ocidental.
Uma cimeira anterior no Alasca entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, não alcançou quaisquer resultados.
A reunião em Paris contará com a presença de Zelensky, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do presidente do Conselho Europeu, António Costa, do chefe de Estado finlandês, Alexander Stubb, e dos primeiros-ministros polaco, Donald Tusk, e dinamarquesa, Mette Frederiksen.
Outros líderes, como o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, participarão por videoconferência.
Artigos
16















Mundo
Ver mais
Ex-chefe da diplomacia do Japão candidato à liderança do partido no poder
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Toshimitsu Motegi, anunciou hoje a candidatura à liderança do partido no poder e ao cargo de primeiro-ministro da quarta maior economia mundial, um dia após a demissão de Shigeru Ishiba.

Pedidos de asilo na UE com "quebra significativa" no 1.º semestre de 2025
O número de pedidos de asilo na União Europeia sofreu uma "quebra significativa" no primeiro semestre de 2025, registando-se 399 mil, menos 23% do que no período homólogo, segundo a Agência da União Europeia para o Asilo (EEUA).

Seul diz que trará para casa os mais de 300 trabalhadores detidos nos EUA
Mais de 300 trabalhadores sul-coreanos detidos após uma grande operação de imigração numa fábrica da Hyundai no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, serão libertados e levados para casa, anunciou este domingo o Governo sul-coreano.

Cimeira das ilhas do Pacífico marcada por crescente influência da China
Os líderes das ilhas do Pacífico reúnem-se a partir de quarta-feira nas Ilhas Salomão, para uma cimeira marcada pela crescente influência da China, que ameaça comprometer a cooperação regional.