Nicolás Maduro afirma que Venezuela recebeu apoio esmagador do Conselho de Segurança da ONU



O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que Caracas recebeu “apoio esmagador” do Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu de emergência a pedido do país sul-americano. A declaração surge no contexto de uma escalada de tensões com os Estados Unidos, devido à apreensão de petroleiros venezuelanos, uma ação que Maduro classifica como “pirataria”.
O chefe de Estado sublinhou que o apoio se estende ao “direito à livre navegabilidade e ao livre comércio”.
Em linha com esta posição, a Assembleia Nacional venezuelana aprovou uma lei que prevê penas de até 20 anos de prisão para quem participe em atos de pirataria ou bloqueio contra entidades que comercializem com a Venezuela.
Durante a sessão do Conselho de Segurança, a Rússia e a China criticaram as ações dos Estados Unidos.
O embaixador russo na ONU, Vasili Nebenzia, denunciou a “atitude de ‘cowboy’” de Washington, considerando o bloqueio a petroleiros uma “agressão flagrante” que viola o Direito Internacional.
Por sua vez, o representante chinês, Sun Lei, manifestou oposição a “todos os atos de unilateralismo e intimidação”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Yván Gil, considerou o resultado da reunião uma “grande vitória”, argumentando que ficou demonstrado que nenhum país apoia o uso da força contra uma nação soberana.
Em contrapartida, o embaixador norte-americano na ONU, Mike Waltz, confirmou que Washington irá impor sanções “ao máximo” contra a Venezuela, visando as suas receitas do petróleo.
Segundo os EUA, estes fundos são utilizados para financiar o Cartel dos Sóis, que a Casa Branca alega ser liderado por Maduro, e o grupo Tren de Aragua, ambos considerados organizações terroristas pelos Estados Unidos. A reunião ocorreu num clima de forte tensão bilateral, agravado pelo bloqueio de Washington a todos os petroleiros sancionados que operam com a Venezuela e por ataques das forças armadas norte-americanas a alegadas embarcações de narcotráfico, que resultaram na morte de uma centena de tripulantes.
Apesar da situação, os petroleiros da empresa norte-americana Chevron continuam a operar na região e a transportar petróleo venezuelano para os Estados Unidos sem restrições.





















