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Conflito em Gaza: Ofensiva Israelita, Crise Humanitária e Pressão Internacional

A intensificação da ofensiva militar israelita na Cidade de Gaza agrava a crise humanitária e gera uma onda de reações internacionais e protestos internos, enquanto os esforços diplomáticos por um cessar-fogo continuam a ser bloqueados.
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Israel lançou uma vasta operação terrestre e aérea na Cidade de Gaza com os objetivos declarados de destruir o Hamas e resgatar os reféns. A ofensiva, que incluiu o bombardeamento de mais de 150 alvos, provocou a fuga de milhares de civis para o sul, um corte generalizado das comunicações e deixou os hospitais à beira do colapso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A crise humanitária agrava-se, com a ONU a declarar fome no território e um comité de peritos da mesma organização a concluir que está em curso um genocídio, uma acusação ecoada por figuras como o senador norte-americano Bernie Sanders e rejeitada por Israel.

O conflito, que dura há quase dois anos desde os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, já causou mais de 65.150 mortos em Gaza, segundo as autoridades locais, e 472 soldados israelitas desde o início da ofensiva terrestre. No plano diplomático, os Estados Unidos vetaram novamente uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo imediato e acesso humanitário, recebendo 14 votos a favor e apenas o veto norte-americano.

A pressão internacional sobre Israel aumenta, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a acusar o governo de Netanyahu de "destruir a solução de dois Estados" e a admitir um debate sobre sanções. A Comissão Europeia também propôs a suspensão de concessões comerciais e sanções a ministros israelitas.

O Papa Leão XIV manifestou preocupação com a "terrível" situação em Gaza, apelando para que o mundo não se torne "insensível", embora a Santa Sé não considere, para já, que se possa falar oficialmente em genocídio.

Dentro de Israel, a ofensiva gera fortes protestos, especialmente por parte das famílias dos reféns e soldados.

Em Jerusalém, mães acorrentaram-se em frente à residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, exigindo um acordo para a libertação dos 48 reféns que ainda se encontram em cativeiro, dos quais se presume que 20 estejam vivos. Os manifestantes temem que a operação militar coloque em risco a vida dos seus entes queridos e criticam a condução de uma "guerra sem propósito".

O Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos tornou-se uma das principais forças de oposição aos planos militares do executivo.

Em paralelo, um ataque a tiro na ponte Allenby, perpetrado por um motorista jordano, resultou na morte de dois soldados israelitas e na suspensão da entrada de ajuda humanitária proveniente da Jordânia.

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