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ONGs Divergem sobre Número de Presos Políticos na Venezuela

Organizações não-governamentais na Venezuela apresentam números distintos, mas igualmente alarmantes, sobre a quantidade de pessoas detidas por motivos políticos no país, revelando uma crise humanitária e de direitos civis.
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A organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP) reportou a existência de 1.074 presos políticos na Venezuela.

Segundo os dados divulgados, deste total, 913 são homens e 161 são mulheres.

A EJP detalha o perfil dos detidos, identificando 546 civis, 227 membros de organizações políticas, 171 funcionários ativos das forças de segurança, 25 antigos membros das forças de segurança, 20 jornalistas, 14 sindicalistas e 12 ativistas.

Entre os presos, encontram-se 49 estrangeiros e 48 cidadãos com dupla nacionalidade.

A organização expressa ainda preocupação pela falta de informação oficial sobre o paradeiro de 176 detidos.

Em contraste, a ONG Fórum Penal (FP), que presta assistência jurídica gratuita a estes detidos, aponta para um número inferior, contabilizando 866 pessoas presas por razões políticas.

A sua contagem indica que 758 são homens e 108 são mulheres, sendo 693 civis e 173 militares. A FP refere que quatro dos detidos são adolescentes. Esta organização desconhece o paradeiro de 28 dos presos e regista 97 detidos com dupla nacionalidade. Há três semanas, a Fórum Penal havia especificado que, entre os detidos, se encontravam cinco cidadãos com nacionalidade portuguesa e venezuelana.

A Fórum Penal fornece também um contexto histórico, afirmando que, desde 2014, ocorreram 18.532 detenções por motivos políticos no país.

Embora mais de 14.000 pessoas já tenham sido libertadas com a assistência da ONG, mais de 9.000 continuam sujeitas a medidas restritivas da sua liberdade de forma arbitrária.

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