"Sem Futuro, Não Há Música": A Cultura Portuguesa Une-se pelo Clima



Mais de uma centena de artistas e profissionais de todas as áreas da cultura em Portugal subscreveram duas cartas abertas em apoio aos estudantes e apelando a uma ação coletiva pelo fim dos combustíveis fósseis. A iniciativa, divulgada pelo movimento ambientalista Climáximo, materializa-se em duas missivas: a "Carta Aberta: Cultura pelo Fim ao Fóssil" e a "Carta Aberta da Indústria da Música pelo Fim ao Fóssil até 2030 e Apoio ao Movimento Estudantil".
O conteúdo das cartas reflete uma forte solidariedade com a luta estudantil.
A "Carta da Cultura" destaca a importância de amplificar as vozes dos estudantes, que desde 2019 têm ocupado escolas e universidades para exigir ações concretas contra a crise climática. Por sua vez, a "Carta da Música" reforça o papel da música como um motor de consciência social e apresenta exigências claras: um plano nacional de descarbonização até 2030, o fim do uso e dos subsídios aos combustíveis fósseis e o apoio a energias limpas e renováveis, sublinhando que "sem futuro, não há música".
Entre os mais de 100 signatários encontram-se nomes conhecidos do panorama cultural português, como Capicua, Fado Bicha, Bordalo II, Lena d'Água, Manuela Azevedo, Manuel Pureza, Gisela Casimiro e Xinobi.
O lançamento destas cartas ocorre durante uma semana de paralisação de escolas e universidades convocada pela Greve Climática Estudantil e junta-se a outras três cartas de apoio de docentes, profissionais de saúde, pais e cuidadores.
As missivas convidam ainda o setor cultural e a sociedade em geral a participarem na manifestação "O Nosso Futuro Não Está à Venda".
O protesto está agendado para sábado, às 15:00, no Largo Camões, em Lisboa, e conta com o apoio de mais de 10 organizações, incluindo a Associação Habita, o Movimento Cívico Ar Puro e a Federação Nacional dos Médicos.













