Estradas Portuguesas: Menos Mortes, Mas Mais Acidentes e Feridos em 2025

Dados recentes da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, divulgados no Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, revelam um cenário misto para a sinistralidade em Portugal: apesar de uma diminuição no número de vítimas mortais, registou-se um aumento no total de acidentes e feridos nas estradas nacionais.

Entre 1 de janeiro e 13 de novembro de 2025, as estradas portuguesas foram palco de 125.621 acidentes, que resultaram em 379 vítimas mortais. Segundo os dados provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), divulgados a propósito do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, assinalado no terceiro domingo de novembro, houve uma diminuição de 41 mortes em comparação com as 420 registadas no mesmo período de 2024.

Contudo, a sinistralidade geral aumentou, com mais 3.730 acidentes do que no ano anterior.

O aumento da sinistralidade reflete-se também no número de feridos. Em 2025, registaram-se 2.451 feridos graves, mais 40 do que em 2024, e 39.316 feridos ligeiros, um acréscimo de 686 em relação ao período homólogo. Em média, todos os dias uma família portuguesa perde um ente querido num acidente rodoviário.

A análise geográfica dos dados revela que os distritos de Lisboa, com 43 mortos e 21.543 acidentes, e do Porto, com 41 mortos e 20.644 acidentes, são os que apresentam os números mais elevados. Setúbal segue-se com 31 mortos.

Em contrapartida, os distritos com menos vítimas mortais foram a Guarda (6), Évora (9) e Vila Real (11). No que toca ao número de acidentes, os distritos com menor registo foram Portalegre (1.270), Bragança (1.278) e Guarda (1.524). O distrito de Santarém registou 19 mortes e 2.539 acidentes no primeiro semestre do ano.

Para assinalar a data, associações como a Estrada Viva e a GARE organizaram uma cerimónia em Évora, alinhada com a Década Global de Ação para a Segurança Rodoviária 2021-2030 das Nações Unidas, sob o lema “Lembrar, Apoiar, Agir”.

A associação Estrada Viva recorda que os acidentes rodoviários continuam a ser a principal causa de morte entre crianças e jovens dos cinco aos 29 anos.