Crise Pós-Eleitoral na Tanzânia: Repressão, Mortes e Acusações de Traição em Massa



As eleições gerais de 29 de outubro na Tanzânia desencadearam uma onda de protestos em várias cidades do país, que se prolongaram por três dias.
As manifestações, algumas descritas como violentas, foram duramente reprimidas pelas forças policiais, que recorreram a gás lacrimogéneo e munições reais.
Em resposta, o governo impôs um recolher obrigatório e interrompeu o acesso à Internet em todo o território.
O balanço de vítimas é elevado e controverso. Fontes dos serviços de saúde confirmaram à agência EFE a morte de pelo menos 150 pessoas em Dar es Salaam.
No entanto, o principal partido da oposição, Chadema (Partido da Democracia e do Progresso), alega que o número de mortos às mãos das forças de segurança pode chegar a mil em todo o país, uma denúncia ecoada pela Human Rights Watch (HRW).
Organizações não-governamentais denunciaram ainda que vários civis foram mortos nas suas próprias casas, em atos de "represália" pelos protestos.
A repressão estendeu-se ao sistema judicial, com mais de 200 pessoas a serem formalmente acusadas de traição e conspiração para cometer traição.
Segundo os documentos judiciais, os arguidos são suspeitos de tentar "obstruir as eleições gerais" para "intimidar o poder executivo".
A perseguição à oposição intensificou-se com a acusação de terrorismo contra o vice-presidente do Chadema, John Heche, que se encontrava detido.
A polícia anunciou também que procura outros membros da liderança do partido, incluindo o secretário-geral.
Este clima de crise ocorre após a reeleição da Presidente Samia Suluhu Hassan, que obteve 97,66% dos votos, num escrutínio do qual os dois principais opositores foram excluídos.
Organizações como a HRW já haviam alertado, antes da votação, para o aumento da repressão governamental contra a oposição e os meios de comunicação. Perante a recusa do governo em entregar os corpos das vítimas, a Ordem dos Advogados de Tanganica iniciou a distribuição de formulários para registar desaparecidos, enquanto o Chadema acusa a polícia de remover cadáveres de hospitais para "apagar provas e estatísticas".
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