Disputa pela Herança: O Futuro da Denominação Geográfica dos Tapetes de Arraiolos



A polémica surgiu após a Câmara de Arraiolos ter submetido, em julho, o processo de certificação dos seus tapetes ao Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE). Em resposta, recebeu um parecer do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) que propõe a inclusão dos municípios de Mangualde e Vila Nova de Gaia na denominação geográfica.
A presidente da Câmara de Arraiolos, Sílvia Pinto, anunciou ter contestado a proposta, afirmando ter ficado “chocada”. Marco Almeida, presidente da Câmara de Mangualde, defende a integração do seu concelho, argumentando que o “tradicional e prestigiado tapete de Arraiolos” é praticado no seu território há muito tempo, “com rigor técnico, fiel às técnicas tradicionais e com um profundo respeito pela arte original”. O autarca socialista sublinha que o objetivo não é “apagar a origem”, que reconhece ser de Arraiolos, mas sim “alargar o reconhecimento àqueles que, com respeito pela tradição, mantêm viva esta arte”. Segundo Marco Almeida, o bordado de Mangualde não compete com o de Arraiolos, mas “complementa-o, fortalece-o e assegura a sua continuidade”.
Excluir o município do processo seria, na sua opinião, “negar a natureza viva da cultura”.
Pela parte de Arraiolos, a posição é de firme oposição. Sílvia Pinto defende que “o tapete de Arraiolos é confecionado em Arraiolos”.
Embora reconheça que a produção possa ser replicada noutros locais, a autarca insiste que estes não devem usar a mesma designação.
“Podem chamar-lhe tapete tipo Arraiolos, qualquer coisa deste tipo, mas não nos peçam que façamos um caderno de certificação que venha a incluir a área geográfica de Mangualde e de Vila Nova de Gaia”, declarou, rejeitando a inclusão de outros concelhos no processo de certificação.
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