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Protestos pró-Palestina marcam a Volta a Espanha

A edição de 2025 da Volta a Espanha foi marcada por persistentes protestos pró-Palestina que levaram ao cancelamento da sua última etapa e a uma forte crítica da União Ciclista Internacional ao Governo espanhol.
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A Volta a Espanha de 2025 foi profundamente afetada, desde o seu início, por protestos pró-Palestina que contestavam a presença da equipa Israel-Premier Tech.

As manifestações levaram à alteração das chegadas em duas etapas e culminaram no cancelamento da 21.ª e última etapa, que deveria terminar em Madrid.

No domingo, milhares de manifestantes invadiram o circuito final na capital espanhola, bloqueando o pelotão a 56 quilómetros da meta.

A ação, que resultou em 22 polícias feridos e duas detenções por desordem pública, forçou a organização a cancelar a etapa e as cerimónias do pódio.

Em consequência, o ciclista português João Almeida (UAE Emirates) foi impedido de celebrar oficialmente o seu segundo lugar na classificação geral, um feito que igualava o de Joaquim Agostinho em 1974.

A vitória na geral coube a Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike).

A União Ciclista Internacional (UCI) lamentou o apoio manifestado pelo Governo espanhol aos protestos.

Em comunicado, o organismo considerou que a posição do executivo espanhol está “em total contradição com os valores olímpicos, respeito mútuo e paz”, alertando que a situação pode comprometer “a capacidade de Espanha para acolher grandes eventos desportivos internacionais”.

Em resposta, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reiterou a sua “profunda admiração por uma sociedade civil espanhola que se mobiliza contra a injustiça e defende as suas convicções pacificamente”. Posteriormente, os manifestantes que participaram nos protestos apresentaram uma denúncia judicial contra as cargas policiais e agressões de que afirmam ter sido alvo. Os protestos surgem no contexto da ofensiva israelita em Gaza que, segundo um dos artigos, já provocou mais de 64.600 mortos no território.

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