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Confrontos em manifestação pró-Palestina em Coimbra

Uma manifestação pró-Palestina em Coimbra culminou em confrontos entre manifestantes e a PSP, resultando em cinco detenções e acusações de violência e uso desproporcional da força por parte das autoridades. Os acontecimentos geraram duas narrativas distintas sobre a intervenção policial na Ponte de Santa Clara.
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A manifestação, que começou na Praça 8 de Maio para reivindicar a liberdade dos integrantes da Flotilha Global Sumud, contou com cerca de 300 participantes. O protesto seguiu depois para a Ponte de Santa Clara, onde os manifestantes ocuparam as faixas de rodagem, interrompendo a circulação automóvel sobre o rio Mondego durante aproximadamente uma hora.

Segundo o comunicado do Comando Distrital da PSP, após múltiplas insistências para desobstruir a via, a maioria dos manifestantes acatou voluntariamente as ordens.

No entanto, um pequeno grupo permaneceu no local, incitando à "desobediência e resistência coletivas".

A PSP afirma ter recorrido ao "uso da força estritamente necessária" para restabelecer a circulação.

A polícia alega ainda que alguns indivíduos injuriaram e cuspiram nos agentes, o que levou à detenção de cinco pessoas — quatro mulheres e um homem, com idades entre os 19 e os 31 anos — pelos crimes de resistência e coação sobre funcionário.

Um agente policial ficou ferido e necessitou de tratamento hospitalar.

Os manifestantes, por sua vez, acusam a PSP de agressões arbitrárias e desproporcionais. Num comunicado, relatam que, por volta das 21:00, quando cerca de 50 pessoas ainda protestavam sentadas no chão, os agentes recorreram de imediato à violência, utilizando cassetetes, gás pimenta e pontapés. Inês Morais, uma estudante de medicina de 22 anos e uma das detidas, relatou à agência Lusa que a polícia "partiu direto para a agressão física", descrevendo ter sido agredida, atirada contra uma carrinha e atingida com gás pimenta já no interior do veículo. Após serem libertados, Inês Morais e outros manifestantes deslocaram-se ao Instituto Nacional de Medicina Legal para obter relatórios periciais dos ferimentos, com a intenção de apresentar queixa formal contra a atuação policial.

Questionada sobre as injúrias aos agentes, a estudante admitiu que foram "de parte a parte", afirmando que as palavras dos polícias também não foram "simpáticas".

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