A Campanha do Absurdo: A Sátira Política de Manuel João Vieira na Corrida a Belém

O músico e artista Manuel João Vieira lança mais uma vez a sua pré-candidatura à Presidência da República, agitando o cenário político com propostas deliberadamente absurdas e um posicionamento de 'extremo-centro'.

O músico, artista plástico e professor Manuel João Vieira, conhecido como fundador e vocalista das bandas Ena Pá 2000 e Irmãos Catita, anunciou mais uma vez a sua pré-candidatura à Presidência da República Portuguesa.

A sua campanha, que se tornou viral, assenta num posicionamento de 'extremo-centro' e é marcada por propostas deliberadamente absurdas que, segundo o próprio, visam superar o absurdo já presente na política convencional.

Entre as suas promessas mais notórias estão 'vinho canalizado em todas as casas' e 'um Ferrari para todos os portugueses'.

Vieira acrescenta ainda a oferta de 'uma patinadora russa e dançarinos cubanos para raparigas' e o plano de construir uma cidade para 10 milhões de habitantes baseada em Inteligência Artificial.

No fundo, o candidato afirma que o que promete é 'amor', pois considera que os portugueses são um povo que 'precisa de mais afeto'.

Com o lema de campanha 'Só desisto se for eleito', Manuel João Vieira defende a necessidade de 'desgovernar'.

A sua abordagem satírica tem um objetivo claro: ser 'mais absurdo do que o pato Donald Trump'.

Apesar do tom humorístico, a candidatura de Vieira encerra uma crítica política séria. O artista expressou sentir um 'grande perigo do fascismo', uma ameaça que afirma ter percebido antes da eleição de Donald Trump nos EUA e do surgimento de outros candidatos extremistas a nível global.

Para formalizar a sua entrada na corrida a Belém, o pré-candidato revelou já ter reunido mais de 7.500 assinaturas.