
Discurso de Marcelo Rebelo de Sousa na ONU



Durante a sua intervenção em Nova Iorque, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a ONU enfrenta um “momento existencial” e necessita de mudanças, mas permanece insubstituível, afirmando que nenhuma outra organização ou grupo de países poderá ser uma alternativa. Sem mencionar diretamente os Estados Unidos ou o seu Presidente, Donald Trump — que no mesmo dia alegou ter terminado sete guerras sem a ajuda da ONU —, o chefe de Estado português lamentou a falta de mediação do “mais poderoso do mundo” tanto na Ucrânia como no Médio Oriente, questionando a ausência de um cessar-fogo em ambos os conflitos. Salientou que, no caso do Médio Oriente, foi a intervenção multilateral de vários países, incluindo o reconhecimento do Estado da Palestina, que permitiu avanços. Na mesma ocasião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou o Conselho de Segurança para a “perigosa deterioração” da viabilidade da solução de dois Estados, defendendo uma Palestina independente e soberana com base nas fronteiras anteriores a 1967. Guterres descreveu a expansão dos colonatos israelitas e o deslocamento forçado de palestinianos como um padrão “horrível” de ocupação. Um relatório de uma comissão de investigação da ONU, divulgado na mesma altura, concluiu que Israel tem uma “intenção clara e consistente” de exercer controlo permanente sobre a Faixa de Gaza e possivelmente anexar todo o território palestiniano. O documento acusa as autoridades israelitas de infligirem deliberadamente condições de vida aos palestinianos com o objetivo de os destruir, o que constitui um ato de genocídio. A comissão também classificou a destruição de habitações na Cisjordânia como “punição coletiva” e denunciou planos de anexação anunciados por ministros israelitas. A guerra em Gaza já causou pelo menos 65.382 mortos e 166.985 feridos, com a ONU a declarar oficialmente o estado de fome na Cidade de Gaza.
Recentemente, países como Portugal, França, Bélgica, Reino Unido e Canadá reconheceram o Estado palestiniano, elevando para 157 o número de nações que o fazem.
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