Marcelo Rebelo de Sousa Exorta a uma Europa 'Diplomática e Dura' para se Afirmar no Palco Mundial



O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que a União Europeia (UE) precisa de se afirmar como uma potência política internacional, adotando uma postura simultaneamente "diplomática e dura" perante as outras grandes potências mundiais.
As declarações foram proferidas no Porto, à margem da entrega dos Prémios Manuel António da Mota, a propósito das conversações em curso em Genebra sobre um plano dos Estados Unidos para terminar a guerra na Ucrânia.
As discussões juntam representantes norte-americanos com responsáveis ucranianos e europeus para debater um plano de 28 pontos que visa pôr fim ao conflito de quase quatro anos resultante da invasão russa.
Neste contexto, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, em "momentos cruciais", a Europa "tem que ser mais unida, muito determinada, rápida e antecipar os acontecimentos". O chefe de Estado alertou que se as outras potências não virem a Europa como uma "verdadeira potência", deixarão de a tratar como tal.
Para o Presidente, é crucial evitar que o mundo se torne num "G3 ou G dois e meio", referindo-se aos EUA, China e à Federação Russa.
Sendo a Europa "poderosíssima em termos económicos", tem de o ser também em termos políticos, porque "quem quer ter poder e quem quer ser respeitado, tem de criar condições para isso". Rebelo de Sousa considera que a UE tem um grande poder de negociação e diplomático, mas precisa de ser "ainda melhor do que tem sido no passado" perante potências como os Estados Unidos, que procuram "intervir em todo o mundo", a Rússia, focada em "ganhar uma guerra", e a China, que visa "tirar proveito do que se passa com os outros".
A preocupação do Presidente com a situação internacional estende-se também a outras regiões, como a Venezuela.
Durante o evento no Porto, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou ainda que irá condecorar, a título póstumo, o empresário Manuel António da Mota por mérito social.







