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Marcelo recorda maestro José Luís Borges Coelho: Marcou "gerações"

O maestro José Luís Borges Coelho, uma figura proeminente na música, academia e vida cívica portuguesa, faleceu aos 85 anos, deixando um legado que marcou várias gerações e foi lamentado por diversas personalidades, incluindo o Presidente da República.
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O falecimento do maestro no passado domingo foi lamentado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que o recordou como um “distinto divulgador da música portuguesa” e uma “personalidade reconhecida no domínio musical e cultural” que marcou “várias gerações”. O Partido Comunista Português (PCP), do qual era militante, também manifestou o seu “profundo pesar”, descrevendo Borges Coelho como uma “figura incontornável na cultura da região e do país” e um “exemplo de humanismo, empenho cívico e generosidade”.

Nascido em Murça em 1940, José Luís Borges Coelho teve um percurso multifacetado.

Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e concluiu o Curso Superior de Canto no Conservatório de Música do Porto. A sua carreira musical ficou indelevelmente ligada à fundação, em 1966, do Coral de Letras da Universidade do Porto, que dirigiu por mais de cinco décadas. Dirigiu também outros agrupamentos como o Orfeão do Porto e o Coro do Círculo Portuense de Ópera, e compôs música para teatro e para filmes de Manoel de Oliveira. A sua carreira académica foi igualmente notável, tendo lecionado em diversas instituições e assumido cargos de direção no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, no Liceu Alexandre Herculano no Porto e na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE).

A sua intervenção cívica e política foi uma constante ao longo da sua vida.

Foi um resistente antifascista e um militante comunista, tendo sido eleito para as Assembleias Municipais de Murça e do Porto.

Foi ainda sócio fundador do Sindicato dos Professores do Norte e integrou os conselhos de administração da Sociedade Porto 2001 e da Fundação Casa da Música, da qual se demitiu em 2020. Pelo seu vasto contributo, foi distinguido com o Galardão de Mérito Associativo, a Medalha de Honra da Cidade do Porto e o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto em 2017.

As cerimónias fúnebres realizaram-se no Tanatório de Matosinhos.

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