
Participação de Marcelo Rebelo de Sousa na ONU e reconhecimento do Estado da Palestina



O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participa na Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, na sede da ONU em Nova Iorque. A sua presença ocorre no dia seguinte à declaração formal de reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Portugal, um anúncio feito no domingo pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
A decisão portuguesa coincidiu com anúncios semelhantes por parte do Reino Unido, Canadá e Austrália.
A deliberação do Governo português, órgão competente para a matéria, foi tomada após um processo de consultas que, segundo o ministro Paulo Rangel, resultou na "convergência do senhor Presidente da República e de uma larguíssima maioria dos assentos parlamentares". O próprio Chefe de Estado manifestou o seu "pleno apoio" à decisão, considerando que esta pretende "abrir ainda uma hipótese" à solução de dois Estados e afastar-se de radicalismos. Em declarações à imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que a posição do CDS-PP, que discorda do reconhecimento, não constitui uma quebra de coligação, pois esta matéria "não fazia parte do acordo" de Governo com o PSD. Durante a sua estadia em Nova Iorque, que se prolongará até quarta-feira, a agenda do Presidente inclui também um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a participação na Sessão de Alto Nível que assinala os 80 anos da organização. Na terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa irá intervir no debate geral da 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, sendo esta a sua sexta e última intervenção neste fórum enquanto Chefe de Estado português. A visita serve igualmente para promover a candidatura de Portugal a um lugar de membro não-permanente no Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2027-2028, uma eleição que ocorrerá em 2026 e na qual o país compete com a Alemanha e a Áustria.
Para este efeito, tanto o Presidente da República como o ministro dos Negócios Estrangeiros irão realizar diversas reuniões bilaterais à margem dos eventos oficiais.
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