Falhas de supervisão e material não certificado: Relatório sobre Elevador da Glória surpreende Presidência e dita demissões



O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se surpreendido com as conclusões do relatório preliminar sobre o descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, afirmando que o documento contém "muito mais" do que tinha pensado. O chefe de Estado sublinhou, contudo, a importância de aguardar pelo relatório definitivo, que poderá demorar mais de um ano, para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas.
Só após a confirmação das conclusões preliminares é que, na sua opinião, se devem avaliar as consequências políticas.
Marcelo Rebelo de Sousa, que é jurista de formação, recusou-se a antecipar qualquer juízo para não pressionar a investigação em curso. O acidente, ocorrido a 3 de setembro, causou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos. O relatório preliminar, elaborado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), revelou graves lacunas.
Uma das principais conclusões é que os ascensores da Glória e do Lavra, bem como os elétricos da Carris, operam sem a supervisão de uma entidade independente como o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), estando a sua fiscalização a cargo exclusivo da própria Carris. Adicionalmente, a investigação apurou que o cabo que cedeu no acidente não cumpria as especificações técnicas da Carris nem possuía certificação para ser utilizado no transporte de pessoas.
Na sequência da divulgação do relatório, o presidente do Conselho de Administração da Carris, Pedro Bogas, bem como os restantes membros da administração, apresentaram a sua renúncia ao cargo após uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
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