Atribuição do Nobel da Paz a María Corina Machado Agudiza Tensão Política na Venezuela



A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi distinguida com o Prémio Nobel da Paz de 2025 pelo seu "trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", segundo o Comité Norueguês do Nobel.
Após o anúncio, Machado manifestou confiança de que o Presidente Nicolás Maduro "deixará o poder com ou sem negociações". Afirmou que a oposição está disposta a oferecer garantias a Maduro para uma transição pacífica, cujos detalhes só seriam revelados numa mesa de negociações, alertando que, se o presidente insistir em permanecer, as consequências serão da sua exclusiva responsabilidade. Machado, que se encontra escondida devido a "ameaças diretas" contra a sua vida, impôs uma condição para viajar até Oslo em dezembro para receber o prémio: apenas o fará se Nicolás Maduro abandonar o poder. A líder da oposição sublinhou que, para poder ir à Noruega, "a Venezuela precisa de ser livre". Ela considera que o prémio representa um reconhecimento mundial da legitimidade da luta contra o regime e acredita que Maduro "está absolutamente isolado e tem os dias contados".
A reação do governo venezuelano foi hostil.
O Presidente Nicolás Maduro, sem a nomear diretamente, referiu-se a Machado como "bruxa demoníaca" e "sayona", um espírito vingativo do folclore venezuelano, afirmando que 90% da população a rejeita.
Em retaliação pela atribuição do prémio, o governo venezuelano encerrou as suas embaixadas na Noruega e na Austrália.
O contexto político inclui a reivindicação, por parte de Machado e da coligação Plataforma Democrática Unitária, da vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, apesar de o órgão eleitoral ter declarado Maduro reeleito.
González encontra-se atualmente exilado em Espanha.
Machado, que foi impedida de se candidatar, declarou que estará onde for mais útil ao país, mencionando a possibilidade de ser vice-presidente. A situação de tensão é agravada pela denúncia de um aumento da repressão, com a prisão de vários opositores, e pelo envio de navios de guerra dos EUA para a costa venezuelana.
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